quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Quem Serve o Conhecimento Geográfico?

                                                        Imagem do filme O Grande Ditador

Sendo que é no espaço que as relações de poder se estabelecem, o conhecimento da Geografia, em primeiro lugar, serve ao Estado, na medida em que quem mais conhece o espaço e o domina é o próprio Estado.
Assim, o Estado regula, ora mais, ora menos, dependendo de cada momento de menor ou maior abertura política (democracia). Não sendo a democracia a garantia da popularização do conhecimento geográfico. Por si só a democracia não legitima o acesso desse conhecimento para todos os sujeitos, porque embora não haja privações da liberdade de pensamento, por outro lado há por parte das forças maiores (Estado, blocos econômicos, multinacionais, neoliberalismo – quer dizer, a força do capitalismo), um discurso “subliminar” que faz com que seja desestimulante pensar nas ciências sociais, na discussão dos problemas que cercam o indivíduo.
Esse discurso por parecer ingênuo, apolítico e subliminar, encontrou e encontra nos espaços da sala de aula, lugar “apropriado” para sua disseminação (a sala de aula é o lugar que passa “toda” a população). E isto é legitimado pela Escola, quando esta se torna reprodutora, instrumentalista, fragmentadora do conhecimento, se apropriando de um planejamento burocrático (que tem estratégia de fragmentar), de uma avaliação pontual, sem reflexão.
Dessa forma, é  imprescindível que nós professores de Geografia pensemos na revisão de nossa prática, como estamos concebendo o Projeto Político Pedagógico de nossa unidade escolar, como estamos planejando e avaliando.
E nessa reflexão fica evidente que alguns paradigmas têm que ser quebrados. Percebemos assim a importância da discussão do planejamento (dentro das bases teórico-metodológicas que fundamentam o ensino de Geografia), da avaliação, evitando as dicotomias (Geografia Física/Humana, teoria/prática e ensino/pesquisa) e provocando  um questionamento do ensino de Geografia na escola e suas intencionalidades .

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